Comunidade São Caetano

Pelado

Há alguns anos atrás, os moradores desta localidade chamada Pelado, sentiram a necessidade de ser encontrarem para estarem juntos como comunidade em oração, daí então veio a idéia de se reunirem.
Para decidir aonde seria o local então aproximadamente no ano de 1935, teve essa reunião, entre os moradores, que iniciavam os primeiros trabalhos na comunidade, que foram: Pedro Cavaglieri, Cassiano Marin, Clemente Auer, Benevenuto Lozer, Ângelo Guasti. Alguns meses depois então o Padre José (Pároco de Ibiraçu) celebrou a primeira Missa.

Nesta época os moradores iam buscar, e levar o padre a cavalo. Depois da primeira missa, um morador chamado Pedro Cavaglieri, resolveu doar um local perto da sua casa para fundar uma pequena capela, daí então os moradores se reuniram para decidir qual seria o padroeiro devido alguns já serem devotos de São Caetano, então colocaram São Caetano, como padroeiro desta comunidade, e semanalmente se reuniram aos domingos em uma pequena Capela de Estuqui e no ano de 1945, iniciou-se a construção de um templo maior e no ano de 1951, foi concluída a construção final da Igreja, na qual foi dedicada na festa do padroeiro no qual se festeja até hoje no mês de agosto, e sempre aos domingos a participação dos fieis é razoavelmente boa, tendo como dizimistas 89 pessoas sendo que os fieis que freqüentam a comunidade são aproximadamente a mesma quantidade de dizimistas, sendo que somente em torno de 15 fieis fazem parte de equipes, pastorais e movimentos sendo pastoral do Dízimo, equipe de finanças, equipe de liturgia, equipe de Catequese.

Padroeiro – São Caetano 

Fundador da Ordem dos Caetanos ou Teatinos, nasceu em 1480, em Vicenza, de pais ilustres e virtuosos. Logo após o batismo, foi a criança, pela mãe oferecida e consagrada à Santíssima Virgem. Não ficou sem efeito a oração de sua mãe.

Desde pequeno Caetano mostrava grande amor à oração a obras de caridade. Exemplar em tudo, era entre os companheiros de infância chamado “o Santo”.

Mais tarde fez os estudos, doutorou-se em direito civil e eclesiástico e do Papa Júlio II recebeu a ordenação sacerdotal. Morto este Papa, Caetano voltou à sua terra e dedicou-se quase exclusivamente ao serviço hospitalar. Sua única ambição era salvar almas. O povo dizia: “Caetano no altar é Anjo, no púlpito Apóstolo”. Não perdia ocasião de conduzir almas a Deus Nosso Senhor, o que lhe importou o apelido: “Caçador de almas”.

Na segunda viagem a Roma, fundou, com três companheiros, uma nova Ordem, cujo plano era: A santificação própria, combater a tibieza e ignorância entre o clero, regenerar os costumes da sociedade, observar escrupulosamente as cerimônias litúrgicas, restabelecer o respeito e reverência na casa de Deus, exterminar as heresias e assistir aos doentes moribundos; numa palavra: – praticar a verdadeira ação apostólica.

Os companheiros co-fundadores da Ordem foram: 1. Bonifácio de Colli, sacerdote do Oratório, reunia qualidades semelhantes a do seu amigo Caetano. Amabilidade, serenidade e doçura, faziam de si homem repleto do amor de Deus. 2. Paulo Consiglieri pertencia à família Chislieri, da qual sairia mais tarde o Papa São Pio V (Antônio Chislieri). 3. João Pedro Carafa, bispo da Igreja, dotado de habilidades diplomáticas e prestígio incomparável. Os Papas lhe confiaram diversas missões, dentre as quais, planos de reforma empreendidos pela cúria romana. A urgência de levar a Igreja a uma transformação radical e necessária foi que o levou a conhecer o belo projeto de São Caetano, a quem humildemente pediu admissão como companheiro na Ordem. Trinta anos depois, veio a assumir o trono pontifício com o nome de Paulo IV, em cujo pontificado permaneceu de 1555 a 1559.

Aos religiosos deu uma regra, que os obrigava à perfeita pobreza, proibindo-lhes não só aceitar a mínima recompensa pelos trabalhos, mas vedando-lhes até pedir esmola. Por mais rigoroso que isto o parecesse, houve muitos que pediram ser aceitos como membros da nova Ordem. A primeira casa foi fundada em Roma. Um ano depois a invasão do Exército Imperial fê-los sair da Cidade Eterna. Uma segunda casa foi fundada em Nápoles. Devido à intervenção enérgica de Caetano, a heresia luterana não conseguiu tomar pé naquela cidade.

Apóstolo do bem era Caetano de extremo rigor contra si mesmo. A vida era-lhe o jejum contínuo, uma penitência sem fim. Verdade é que, nisto não lhe consistindo a santidade, Deus o distinguiu com privilégios e dons extraordinários. Muitas vezes teve aparições de Nossa Senhora, das quais a memorável foi a da noite de Natal, em que Maria Santíssima se dignou apresentar-lhe o Divino Infante. Contam-se às centenas as curas maravilhosas feitas pela oração do santo servo de Deus. Em muitas ocasiões predisse o futuro, com uma certeza tal, que não deixou dúvida de tê-la recebido diretamente de Deus.

A série de obras de caridade para com o próximo quis Caetano rematá-lo com uma, que lhe mereceu a gratidão do povo de Nápoles. As autoridades civis e eclesiásticas de Nápoles tinham resolvido estabelecer o tribunal da Inquisição, para ter uma arma forte contra a heresia que vinha da Alemanha. O povo se opôs a esta idéia e a tal ponto chegou sua excitação, que era para se recear um levantamento geral. Os homens mais influentes em vão se esforçavam para tranqüilizar a população. São Caetano, prevendo o enorme prejuízo que daí resultaria para as almas, ofereceu sua vida a Deus, pedindo-lhe que a aceitasse, para que fosse conservada a paz e concórdia entre o povo e as autoridades. Deus aceitou o sacrifício. Caetano adoeceu gravemente e morreu. Imediatamente amainou a tempestade e os espíritos se acalmaram, fato que todos atribuíram à intervenção do Santo. As últimas palavras que disse foram: ” Não há outro caminho para o céu, a não ser o da inocência e o da penitência. Quem abandonou o primeiro, tem de trilhar o segundo”. Caetano morreu em 1547.