Igreja Matriz São João Batista

Centro

  • A Paróquia São João Batista, localizada em Aracruz (Sede), com uma população de 53.051 (habitantes) sendo 29.333 (sede dos distritos) e 23.720 (interior). A Paróquia tem um número razoável de famílias católicas e que participam na comunidade. Além da Igreja Católica (matriz) existem igrejas católicas também nos bairros Bela Vista, Jequitibá e Guaxindiba. A atividade predominante dos moradores do município se diversifica da seguinte maneira:
  • Zona Rural – Atividades desenvolvidas: Agricultura e Pecuária.
  • Zona Urbana – Comércio e Indústria.

O município de Aracruz foi fundado em 1556 com o nome de Aldeia Velha, hoje (Santa Cruz). Em 03 de abril de 1848 foi constituído o município de Santa Cruz, que incluía também o Núcleo Conde D’Eu, (hoje, Ibiraçu). Em 1948 a sede foi transferida de Santa Cruz para Sauassu, hoje (Aracruz), tendo sido elevada à categoria de distrito o nome de Aracruz, em 1953. A Igreja foi construída (no local, onde se encontra o Banco do Brasil) pelos moradores, destacando—se as primeiras famílias que habitavam no local. Entre outras, citamos famílias: Bitti, Modenesi, Loureiro, Vieira, Riccato, Barcelos Rangel, Coutinho, Rampinelli, Pontim, etc…

A igreja atual teve sua construção iniciada pelo Padre Arnoldo Avanza Castiglioni, que tomou posse como vigário da paróquia, no dia 26 de janeiro de 1950, sendo Bispo Diocesano D. Luiz Sartegagna. Estiveram presentes a este ato solene, o então Prefeito Municipal Sr. Luiz Theodoro Musso, Presidente da Câmara Sr. Eugênio Antonio Bitti e aos vereadores: Duval Barcelos, José Rocha, José Boiana, e Manoel Vieira. Em meados de janeiro de 1955, padre Arnoldo é transferido para a capital do estado do Bispo, D. José Joaquim Gonçalves. Em 02 de fevereiro de 1922, cônego Monsenhor Guilherme Schmitz, vindo da paróquia de São Mateus, assume a paróquia de Aracruz, na presença do padre Nelson Carlos, representando o Bispo, D. José Joaquim Gonçalves.
Em 15 de julho de 1956 é fundada nesta cidade a legião de Maria, que tinha por finalidade trabalhar entre os leigos indiferentes, orientado-os a se tornarem verdadeiros cristãos.

No dia 12 de outubro de 1957, o Bispo diocesano D. João Batista da Mota Albuquerque visita a Paróquia de Aracruz, sendo recebido festivamente pelo povo, mas só em 1961, por ocasião da festa do padroeiro “São João Batista” sua excelência: Reverendíssimo D. João Batista Mota e Albuquerque fazem a visita oficial à Paróquia. A 1º Missa celebrada na nova Igreja foi no dia 25 de dezembro de 1957. O terreno onde se encontra a Igreja Matriz foi doado pelo Senhor Primo Bitti e esposa, constando na escritura pública registrada no cartório de 2º ofício desta cidade.

Entre os anos de 1955 a 1961, foram construídas capelas de Jacupemba, Picuam, Gimuhuna, Rio Francês, São José, Taquaral, Barra do Riacho, Córrego do Índio, Tombador e três Irmãos. Término da Igreja de Guaraná e reforma da de Córrego da D’Água. Em março de 1957, o missionário Frei Theodoro chega em Aracruz, trazendo a imagem de nossa Senhora da Penha, passando pelas capelas de Córrego do Índio, Jacupemba, Três Irmãos, Guaraná e Córrego D’Água. A peregrinação da imagem de Nossa Senhora da Penha se destinava às comemorações do 4º centenário da chegada da imagem ao ES. Os fiéis a receberam com muito carinho e verdadeira demonstração de fé. Ainda em 24/06/57 é lançada à pedra fundamental do ginásio Sauassú, e em 12/03/61 é inaugurado. O harmônio doado a Matriz, em 07 de agosto de 1958, foi oferta dos Senhores Ângelo Marcos Trazzi e Francisco Cutini.

Em 19 de julho de 1962, chegam à paróquia de Aracruz, as Irmãs Milicianas, que aqui vieram colaborar nas atividades pastorais.

Em 1970, é inaugurado o hospital Maternidade São Camilo. Os cristãos de colônia (Alemanha) ofertaram para esta construção 75.000 marcos, conseguido por intermédio de Monsenhor Guilherme Schmitz.

Outro acontecimento importante na vida da comunidade católica foi à sagração da Matriz, no dia 25 de junho de 1972, em solene ato litúrgico, presidido por Dom João Batista da Mota e Albuquerque. As relíquias colocadas no altar são dos mártires: São Clemente e São Deodato, trazidas de Roma por Dom Fernando Monteiro. Ainda em 1972, teve início a construção da casa Paroquial. O sino novo da Matriz tocou pela primeira vez, num sábado de aleluia, dia 13/04/74, doação do Sr. Giovane Modenesi. A capela de Nossa Senhora Aparecida em Aricanga foi inaugurada em 02 de fevereiro de 1975, com a celebração da Santa Missa. Em 29 de setembro de 1980, o Sr. José Modenesi, fez doação 12/10/80, foi celebrada pelo Monsenhor Guilherme Schmitz a primeira Missa campal no terreno destinado à construção da capela. Em 18/04/82 é inaugurada a capela de São José (Mambrini) com a celebração da primeira Missa, onde grande multidão participou do ato solene. Em 02 de janeiro de 1983 – falecimento do Monsenhor Guilherme Schmitz, após 28 anos de trabalho com inteira dedicação ao povo de Aracruz, deixando uma grande lacuna, por sua bondade e carinho que sempre dedicou principalmente, aos mais pobres e sofridos. Em 02 de julho de 1983, na presença de Dom Silvestre Luiz Scandian, Arcebispo de Vitória, padre José Mendes Lucas, toma posse canônica da Paróquia. A paróquia já se encontra bem estruturada quanto á situação religiosa e pastoral. A freqüência à Igreja é boa, poderia ser melhor, mas a afluência para outras Igrejas vem diminuindo a freqüência da Igreja católica. As diversas pastorais na Matriz ganham dimensões, no trabalho e envolvimento junto às comunidades. Assim já possuímos: Equipe de Liturgia, Pastoral da Doutrina Cristã, Equipe de Batismo, Catequese de Confirmação, Pastoral da Saúde, Círculo Bíblico, Pastoral Familiar, Movimento de Cursilho, Pastoral da Juventude, Pastoral do Trabalho, Equipe de Finanças, Equipe de Patrimônio, Pastoral da Caridade, Apostolado da Oração e Grupo de Oração. Além dos ministros do Batismo e testemunhas qualificadas para o matrimônio que na sua atuação, contribuem com o pároco no volume de trabalho. A catequese para crianças ganha novo impulso com a coordenação atual e o número de crianças que freqüentam o catecismo é 3.000 com atuação de 2.500 catequistas. A situação religiosa no geral se apresenta razoável, faltando aprofundamento nas questões religiosas e principalmente perseverança nas ações a serem desenvolvidas.

São João Batista – Padroeiro da Matriz, da Paróquia e do Município

Festa Litúrgica 24 de Junho – Natividade de São João Batista

A relevância do papel de São João Batista reside no fato de ter sido o “precursor” de Cristo, a voz que clamava no deserto e anunciava a chegada do Messias, insistindo para que os judeus se preparassem, pela penitência, para essa vinda.

Já no Antigo Testamento encontramos passagens que se referem a João Batista. Ele é anunciado por Malaquias e principalmente por Isaías. Os outros profetas são um prenúncio do Batista e é com ele que a missão profética atingiu sua plenitude. Ele é assim, um dos elos de ligação entre o Antigo e o Novo Testamento.

Segundo o Evangelho de Lucas, João, mais tarde chamado o Batista, nasceu numa cidade do reino de Judá, filho do sacerdote Zacarias e de Isabel, parenta próxima de Maria, mãe de Jesus. Lucas narra às circunstâncias sobrenaturais que precederam o nascimento do menino. Isabel, estéril e já idosa, viu sua vontade de ter filhos satisfeita, quando o anjo Gabriel anunciou a Zacarias que a esposa lhe daria um filho, que devia se chamar João.

Depois disso, Maria foi visitar Isabel. “Ora quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visite?” (Lc 1,41- 43).

Todas essas circunstâncias realçam o papel que se atribui a João Batista como precursor de Cristo.

Ao atingir a maturidade, o Batista se encaminhou para o deserto e, nesse ambiente, preparou-se, através da oração e da penitência – que significa mudança de atitude, para cumprir sua missão. Através de uma vida extremamente coerente, não cessava jamais de chamar os homens à conversão, advertindo: “Arrependei-vos e convertei-vos, pois o reino de Deus está próximo”. João Batista passou a ser conhecido como profeta. Alertava o povo para a proximidade da vinda do Messias e praticava um ritual de purificação corporal por meio de imersão dos fiéis na água, para simbolizar uma mudança interior de vida.

A vaidade, o orgulho, ou até mesmo, a soberba, jamais estiveram presentes em São João Batista e podemos comprová-lo pelos relatos evangélicos. “Por sua austeridade e fidelidade cristã, ele é confundido com o próprio Cristo, mas, imediatamente, retruca: “Eu não sou o Cristo” (Jo 3, 28) e “ não sou digno de desatar a correia de sua sandália”. (Jo 1,27). Quando seus discípulos hesitavam, sem saber a quem seguir, ele apontava em direção ao único caminho, demonstrando o Rumo Certo, ao exclamar: “Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. (Jo 1,29). João batizou Jesus, embora não quisesse fazê-lo, dizendo: “Eu é que tenho necessidade de ser batizado por ti e tu vens a mim ?”(Mt 3,14). Mais tarde, João foi preso e degolado por Herodes Antipas, por denunciar a vida imoral do governante. Marcos relata, em seu evangelho (6,14-29), a execução: Salomé, filha de Herodíades, mulher de Herodes, pediu a este, por ordem da mãe, a cabeça do profeta, que lhe foi servida numa bandeja. O corpo de João foi, segundo Marcos, enterrado por seus discípulos.

Nossa Senhora Aparecida – Co-Padroeira da Matriz

A sua história tem o seu início em meados de 1717, quando chegou a Guaratinguetá a notícia de que o conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, governador da então Capitania de São Paulo em Minas de ouro, iria passar pela povoação a caminho de Vila Rica (atual cidade de Outro Preto), em Minas Gerais.

Desejosos de obsequiá-lo com o melhor pescado que obtivessem, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves lançaram as suas redes no rio Paraíba do Sul. Depois de muitas tentativas infrutíferas, descendo o curso do rio chegaram a Porto Itaguaçu, a 12 de outubro. Já sem esperança, João Alves lançou a sua rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Em nova tentativa apanhou a cabeçada imagem. Envolveram o achado em um lenço. Daí em diante, os peixes chegaram em abundância para os três humildes pescadores. 

Durante quinze anos a imagem permaneceu na residência de Filipe Pedroso, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para orar. A devoção foi crescendo entre o povo da região e muitas graças foram alcançadas por aqueles que oravam diante da imagem. A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil. Diversas vezes as pessoas que à noite faziam diante dela as suas orações, viam luzes de repente apagadas e depois de um pouco reacendidas sem nenhuma intervenção humana. Logo, já não eram somente os pescadores os que vinham rezar diante da imagem, mas também muitas outras pessoas das vizinhanças. A família construiu um oratório no Porto de Itaguaçu, que logo se mostrou pequeno.